Entre promessas cumpridas, adiadas e aquelas que o Paul do Mar gostaria de ver nascer na sua freguesia, o DIÁRIO ouviu os eleitores, que destacam, entre outras, a construção da lota de pesca, promessa adiada vezes sem conta, o aproveitamento de um edifício com obras paradas na marginal para dar vida ao centro cívico local, um centro de saúde melhor e a construção de uma estrada que ligue a vila à Ponta do Pargo.
Esta última, uma 'utopia' que, em tempos de crise, dificilmente cabe nas contas, mas que não passa no crivo das exigências dos pauleiros em tempos de eleições. A avaliação que se pode fazer do trabalho da Junta de Freguesia, dividida entre PSD e CDS-PP, com quatro e três representantes respectivamente, é positiva, segundo os populares ouvidos, mas com a certeza de que melhor podia ser feito, acredita-se.
Do presidente da Junta, José Gonçalves, que se candidata a um quatro e último mandato (segundo a lei eleitoral) à nova face da oposição, Gina Veríssimo, advogada que se candidata pelos 'democratas populares, há a certeza que os 20 mil euros anuais do orçamento deixam quase nenhuma margem de manobra para o muito trabalho que é pedido aos políticos. Os que mais próximo se encontram da população, mas que menos podem fazer.
José Gonçalves lamenta essa situação, já que nos 12 anos que leva à frente da Junta de Freguesia do Paul do Mar, os últimos quatro foram os piores em termos de disponibilidade financeira. Mesmo assim, não desiste e quer sair em 2013 com mais obra feita. "Na década de 1940 havia no Paul do mar 3.664 pessoas registadas na Paróquia, hoje são 964 e 885 votantes", começa por contabilizar.
"Hoje, temos vários problemas. Dadas as necessidades de uma nova lota de pesca, que não sabemos quando e se virá, e os jovens que não querem trabalhar como os velhos, as coisas até têm melhorado", especifica. "Já foi feita muita coisa útil para a freguesia, como o centro de saúde e a escola. Faltam ainda outras, como o centro cívico, a casa do povo, uma sede para a Junta e para a banda, a única do concelho e que já leva 134 anos, e até o arranjo do campo que está a decorrer", resume, perspectivando um desejo de fazer mais, caso seja eleito no dia 11 de Outubro. "O que está previsto ser feito, se for feito, o Paul do Mar será uma das freguesias com maior desenvolvimento nos últimos anos", acredita.
Por seu turno, Gina Veríssimo, consciente dos pouco recursos da Junta, acredita que será possível criar anexos dos serviços prestados pela Câmara, como por exemplo assessoria jurídica à população mais idosa para as questões judiciais.
"Pretendemos chegar aos cidadãos que vivem da pesca, cuja luta por uma lota já dura há anos", afiança. "Vamos tentar que os munícipes tenham acesso directo à Câmara, cujo presidente deixou de ter um dia de contacto com a população, com a criação de uma delegação, um elo de ligação, da autarquia no Paul".
Gina Veríssimo acredita que, por ser jovem, poderá opor-se ao candidato social-democrata, para uma "representação como deve ser". Critica José Gonçalves por ter deixado que a construção do campo relvado fosse sub-dimensionado (só dá para treinos) e arrastar-se os problemas que, volta e meia, ocorrem na ETAR.
Promessa não cumprida
Uma marginal/promenade de ligação entre o Jardim do Mar e o Paul do Mar, para fazer face ao isolamento da localidade. Em 2001 ainda se falava neste projecto prometido pela Câmara da Calheta. Não passou do papel - se é que lá chegou! -, mas ficou na memória do povo.
O sonho a Oeste
Uma ligação entre o Paul do Mar e a Ponta do Pargo, através da Ribeira das Galinhas, na ponta oeste da freguesia seria uma mais-valia. O 'sonho' foi referido por populares, que dizem ser necessário e possível de realizar. Mas não deverá ser para os próximos anos.
O 'fim' das inundações
O alargamento da marginal e da marginal de protecção, que veio dar segurança aos moradores do bairro social. Terá sido a maior obra feita nesta freguesia nos últimos anos (se excluirmos o túnel viário de ligação ao Jardim do Mar), com um custo de quase 5 milhões de euros.
A obra social em falta
Anseia-se pela construção do Centro Cívico, que irá albergar algumas das instituições da freguesia. Junta, Casa do Povo, Banda, Centro de Dia, todos vão poder ter o seu espaço no edifício. Para já, tudo se mantém igual. De uma obra embargada, nascerá das cinzas, uma obra social.
Inquérito: Como avalia a acção da Junta?
Maria Fernandes, 64 anos
Falta tanta coisa por fazer. Agora estão a arranjar o campo, mas falta a Casa do Povo, um centro para velhos, para a banda. Há muita gente desempregada, que podiam ajudar.
Dorita Nunes, 57 anos
Neste 'cantinho do céu', faz falta mais gente, mais dinheiro e mais saúde. O Centro de Saúde é um desperdício. Falta mais uma estrada até à Ponta do Pargo e mais acessos.
Maria José, 73 anos
Estão a fazer um bom trabalho, mas penso que podiam fazer melhor. Agora, parece que vão fazer um centro cívico. A gente precisa de mais desenvolvimento aqui, mais trabalho para os jovens.
Fonte: Diário/Francisco José Cardoso
Esta última, uma 'utopia' que, em tempos de crise, dificilmente cabe nas contas, mas que não passa no crivo das exigências dos pauleiros em tempos de eleições. A avaliação que se pode fazer do trabalho da Junta de Freguesia, dividida entre PSD e CDS-PP, com quatro e três representantes respectivamente, é positiva, segundo os populares ouvidos, mas com a certeza de que melhor podia ser feito, acredita-se.
Do presidente da Junta, José Gonçalves, que se candidata a um quatro e último mandato (segundo a lei eleitoral) à nova face da oposição, Gina Veríssimo, advogada que se candidata pelos 'democratas populares, há a certeza que os 20 mil euros anuais do orçamento deixam quase nenhuma margem de manobra para o muito trabalho que é pedido aos políticos. Os que mais próximo se encontram da população, mas que menos podem fazer.
José Gonçalves lamenta essa situação, já que nos 12 anos que leva à frente da Junta de Freguesia do Paul do Mar, os últimos quatro foram os piores em termos de disponibilidade financeira. Mesmo assim, não desiste e quer sair em 2013 com mais obra feita. "Na década de 1940 havia no Paul do mar 3.664 pessoas registadas na Paróquia, hoje são 964 e 885 votantes", começa por contabilizar.
"Hoje, temos vários problemas. Dadas as necessidades de uma nova lota de pesca, que não sabemos quando e se virá, e os jovens que não querem trabalhar como os velhos, as coisas até têm melhorado", especifica. "Já foi feita muita coisa útil para a freguesia, como o centro de saúde e a escola. Faltam ainda outras, como o centro cívico, a casa do povo, uma sede para a Junta e para a banda, a única do concelho e que já leva 134 anos, e até o arranjo do campo que está a decorrer", resume, perspectivando um desejo de fazer mais, caso seja eleito no dia 11 de Outubro. "O que está previsto ser feito, se for feito, o Paul do Mar será uma das freguesias com maior desenvolvimento nos últimos anos", acredita.
Por seu turno, Gina Veríssimo, consciente dos pouco recursos da Junta, acredita que será possível criar anexos dos serviços prestados pela Câmara, como por exemplo assessoria jurídica à população mais idosa para as questões judiciais.
"Pretendemos chegar aos cidadãos que vivem da pesca, cuja luta por uma lota já dura há anos", afiança. "Vamos tentar que os munícipes tenham acesso directo à Câmara, cujo presidente deixou de ter um dia de contacto com a população, com a criação de uma delegação, um elo de ligação, da autarquia no Paul".
Gina Veríssimo acredita que, por ser jovem, poderá opor-se ao candidato social-democrata, para uma "representação como deve ser". Critica José Gonçalves por ter deixado que a construção do campo relvado fosse sub-dimensionado (só dá para treinos) e arrastar-se os problemas que, volta e meia, ocorrem na ETAR.
Promessa não cumprida
Uma marginal/promenade de ligação entre o Jardim do Mar e o Paul do Mar, para fazer face ao isolamento da localidade. Em 2001 ainda se falava neste projecto prometido pela Câmara da Calheta. Não passou do papel - se é que lá chegou! -, mas ficou na memória do povo.
O sonho a Oeste
Uma ligação entre o Paul do Mar e a Ponta do Pargo, através da Ribeira das Galinhas, na ponta oeste da freguesia seria uma mais-valia. O 'sonho' foi referido por populares, que dizem ser necessário e possível de realizar. Mas não deverá ser para os próximos anos.
O 'fim' das inundações
O alargamento da marginal e da marginal de protecção, que veio dar segurança aos moradores do bairro social. Terá sido a maior obra feita nesta freguesia nos últimos anos (se excluirmos o túnel viário de ligação ao Jardim do Mar), com um custo de quase 5 milhões de euros.
A obra social em falta
Anseia-se pela construção do Centro Cívico, que irá albergar algumas das instituições da freguesia. Junta, Casa do Povo, Banda, Centro de Dia, todos vão poder ter o seu espaço no edifício. Para já, tudo se mantém igual. De uma obra embargada, nascerá das cinzas, uma obra social.
Inquérito: Como avalia a acção da Junta?
Maria Fernandes, 64 anos
Falta tanta coisa por fazer. Agora estão a arranjar o campo, mas falta a Casa do Povo, um centro para velhos, para a banda. Há muita gente desempregada, que podiam ajudar.
Dorita Nunes, 57 anos
Neste 'cantinho do céu', faz falta mais gente, mais dinheiro e mais saúde. O Centro de Saúde é um desperdício. Falta mais uma estrada até à Ponta do Pargo e mais acessos.
Maria José, 73 anos
Estão a fazer um bom trabalho, mas penso que podiam fazer melhor. Agora, parece que vão fazer um centro cívico. A gente precisa de mais desenvolvimento aqui, mais trabalho para os jovens.
Fonte: Diário/Francisco José Cardoso
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