quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Junta do Paul protesta por obra mal feita


"Já disse no dia 20 de Fevereiro que aquela comporta não serve. A freguesia está abaixo do nível do mar e estas obras que se fizeram aqui não tiveram em conta essa situação". O desabafo é de José da Silva Gonçalves, presidente da Junta de Freguesia do Paul do Mar, surge praticamente um ano depois, na sequência de novas inundações que ontem se registaram na localidade do concelho da Calheta. O autarca social-democrata, agastado, ao DIÁRIO e à TSF-Madeira, disse ontem que é sempre a mesma coisa e que ninguém o escuta. Mesmo assim reiterou os sucessivos alertas, dizendo ter vindo a solicitar, junto da Câmara Municipal, o melhoramento em causa, mas, além das promessas, confessou não ver concretizado o beneficio que vem reclamando. No entender do presidente da Junta, a intervenção que sugeriu serviria para "escoar mais facilmente a água das fortes chuvas".
O canal do 'protesto' está situado à entrada do campo de futebol. Segundo José da Silva Gonçalves a "portinhola foi alterada" e o mecanismo "não é adequado", vinca. "É preciso que as casas tenham água pelo tecto para que a porta se abra", expressava, revoltado o eleito pelo PSD.
A constatação do presidente aconteceu momentos após ter efectuado uma ronda pela localidade e de visto a população criticar veementemente a estagnação do volume de água, lama e pedras acumuladas junto ao bairro social.
Antes, pela madrugada a forte precipitação fez deslizar uma derrocada de grandes proporções. A lama e água invadiram habitações, causando um enorme susto nos moradores com residência junto à estrada de acesso à Fajã da Ovelha.
Inocência Figueira, 59 anos, disse não se recordar de ter visto tanta água e lama deslizar pelo caminho que ladeia a sua casa, na freguesia do Paul do Mar. "Um susto tremendo" que levou residente do concelho da Calheta, juntamente com os vizinhos, a fugir da sua casa e gritar pelos seus familiares. "Só me lembrava dos meus netos. Foi terrível. A chuva foi tanta que trouxe lama e pedras por ali abaixo", relatava à reportagem, horas depois.
De lágrima à espreita e depois do sol mostrar o que a noite encobria, Inocência Figueira não queria acreditar no que via. "Pelo menos seis casas estão alagadas", indicava, vaticinando um enorme prejuízo: "Os estragos são muitos nestas casas. Vai ser preciso pintar e não sei se a mobília não está estragada".

Um dia agitado
Bombeiros e jornalistas chamados
•A população não aguentou. Numa assentada chamaram os bombeiros voluntários da Calheta para ajudarem na tarefa de escoamento da água, e alguns jornalistas para darem conta do sucedido.

Moradores pedem novo túnel
•O presidente da Junta tal como outros moradores voltaram a reivindicar um túnel entre o Jardim do Mar ao Estreito da Calheta. "A desculpa é que não têm dinheiro", dispara o autarca eleito pelo PSD, defendendo a infra-estrutura rodoviária, isto depois da localidade ter estado isolada.


Camiões não passam para a Calheta
•Não estão fáceis os trabalhos de remoção dos inertes na estrada de acesso entre a Madalena do Mar e o Arco da Calheta. A juntar ao estreitamento da antiga estrada no sítio dos Moledos, também na Madalena do Mar, a situação anómala impede que os veículos pesados não possam chegar ou sair em direcção à Ponta do Sol. Nem mesmo as carreiras de transporte público. A Via Litoral diz que a estrada continuará encerrada até que a limpeza esteja completamente efectuada.


Fonte: Diário / Vitor Hugo

3 comentários:

José Manuel Coelho disse...

O SENHOR PRESIDENTE CERTAMENTE QUE NAO VEM A PUBLICO FALAR COM PENA DOS MORADORES DO BAIRRO DOS PESCADORES (ESPANHA)VEIO SO AGORA FALAR A COMUNICACAO SOCIAL PORQUE A SUA CASA FICA AI MESMO AO LADO E QUALQUER DIA ACORDA COM "AGUA PELA CASA A DENTRO". TAMBEM PODEMOS VER QUE O SEU TRABALHO COMO PRESIDENTE DE JUNTA TA LONGE DE SER UM BOM TRABALHO O SENHOR PRESIDENTE QUE TENHA CONSIDERACAO PELA FREGUESIA E QUE NAO SE RECANDIDATE A PRESIDENTE DA JUNTA PORQUE NAO TEM VOZ ACTIVA NA CAMARA DA CALHETA QUEREMOS ALGUEM QUE LUTE PELA FREGUESIA.

Anónimo disse...

Como seguidor deste blog, fiquei chocado com o que aconteceu esta freguesia.
Por outro lado, fiquei sem perceber a entrevista que foi realizado ao Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Paul do Mar, que passo a proferir:

. Qual é a comporta que o Sr. Presidente da Junta Freguesia do Paul do Mar, refere;

. Penso que não estou enganado, até porque uma excelente imagem, diz mais que mil palavras: o que sucedeu-se foi o desmoronamento de rocha e lama devido a intensa chuva que se fez sentir;

. Se essa comporta estivesse no lugar certo ou bem feita evitaria a derrocada de rocha e lama? Há quem diga que (...)"a água tanto bate que fura";

. Aquela lama e rocha que interrompeu a ligação entre Paul do Mar e Fajã da Ovelha, seria evitada com a dita comporta feita no lugar certo?


Um bem haja para todos os Pauleiros!

P.S: Agradecia que alguém esclarece-se as minhas dúvidas que para algumas pessoas podem parecerem estúpidas, o certo que essa dúvida permanece em muitas pessoas que eu conheço. "E perguntar não ofende ninguém"

Anónimo disse...

Após ter lido esta notícia ficou uma dúvida, a comporta que o Sr. José retrata na entrevista não se percebe de que comporta o mesmo refere ao longo da entrevista. Julgo que seja a comporta do Campo de Futebol do Paul do Mar? Peço desde já um esclarecimento que é o seguinte:
- pelas fotos que vi no blog e mesmo no Diário de Notícias da Madeira, o que sucedeu-se foi uma derrocada, ou seja, com a imensa chuva que se fez sentir na madrugada de terça-feira para quarta-feira ;

- Mesmo que a comporta estivesse bem feita, que por visto não é o causo segundo o Sr. Presidente da Junta freguesia do Paul do Mar, não entendo no que ia adiantar, pois nada poderia fazer para evitar o desmoronamento de rocha e lama;

- No passado dia 20 de Fevereiro de 2010, as pessoas desse mesmo sítio ficaram alarmadas e dizem ter chovido mais do que o recente incidente;

- Por outro lado acho esta entrevista um pouco confusa, para quem não conhece o Paul do Mar não sabe qual é a comporta que é tanta vez referida na entrevista.


Um abraço "a gente" do Paul do Mar em especial às pessoas que sofreram mais danos com estas últimas chuvadas.