domingo, 26 de fevereiro de 2012

PJ continua a procurar ocupantes de lancha

A Polícia Judiciária continua à procura dos três indivíduos que na quinta-feira à noite, por volta das 19:20 horas, abandonaram uma embarcação, “lancha voadora”, no cais de pesca do Paul do Mar, sem que tenha sido possível identificá-los, e desapareceram desde então. Ontem, ao início da noite, o coordenador da PJ do Funchal, Ricardo Silva, referiu ao JM que esta força policial continuava a desenvolver esforços no sentido de localizar os referidos indivíduos. A embarcação em causa, já apreendida e rebocada ontem para a Unidade de Apoio ao Comando da Zona Militar da Madeira, em São Martinho, é um semi-rígido com 14 metros de comprimento equipada de quatro potentes motores de 350 cavalos cada, o que levou a a autoridades a concluir que esta lancha rápida estará relacionada com a apreensão de um pesqueiro espanhol que transportava a bordo 3,6 tonelada entre os Açores e a Madeira, a cerca de 800 milhas. De facto, as autoridades alfandegárias espanholas, através de um patrulha do Servicio de Vigilancia Aduanera, no seguimento de uma operação de vigilância ao referido pesqueiro, interceptaram o barco em águas internacionais e detiveram cinco pessoas a bordo. 3,6 toneladas de droga em 90 fardos de 40 Kg A embarcação é um barco de pesca galego, identificado como sendo o «Ratonero», que partiu no início deste mês da localidade de O Grove, na Galiza, supostamente rumo ao mar Cantábrico para a pesca da cavala, mas que depois seguiu rumo a Canárias e depois à costa da Venezuela, onde, provavelmente, terá recebido a bordo as 3,6 toneladas de cocaína que, segundo informação do blog informativo do Servicio de Vigilancia Aduanera (SVA), estava acondicionada em 90 fardos com 40 quilos de cocaína cada. Neste momento a embarcação navega rumo ao porto de Vigo, rebocada pelo patrulha “Petrel”, onde deverá chegar dentro de dois dias. De referir que a justiça espanhola já decretou a prisão preventiva para os cinco detidos no “Ratonero”, três galegos, um uruguaio e um colombiano, entre os quais, informa a SVA, está o dono da embarcação, o grovense José Luis Devesa. Portanto, tudo aponta para que a “lancha voadora” faça parte de uma operação de tráfico de droga internacional que pretendia fazer desembarcar na Galiza a cocaína transportada no “Ratonero”. Esta, supostamente, dirigia-se à embarcação “mãe” para fazer o transbordo da droga, transportada em fardos, mas ao aperceber-se que o “Ratonero” foi interceptado terá decidido dirigir-se a terra mais próxima, a ilha da Madeira, uma vez que já não dispunha de combustível para voltar para trás. A SVA realça mesmo que esta é a primeira operação deste género detectada desde há três anos, salientando que os narcotraficantes galegos pretendiam, assim, retomar a rota do Atlântico, voltando a abastecer-se de droga na América do Sul.
Fonte: Jornal da Madeira/ Augusto Soares

1 comentário:

Iva Abbiati disse...

Interessante...

http://www.laopinioncoruna.es/sucesos/2012/02/25/hallada-madeira-lanzadera-iba-traer-galicia-3600-kilos-cocaina/583956.html