quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Porto Santo da Madeira é aqui na zona Oeste

José Carlos diz que a garantia de que o Paúl do Mar é um local aprazível e muito bom para “descomprimir” é a circunstância de haver cada vez mais gente a comprar casa naquela freguesia.
Durante a altura de Verão, conforme acrescenta, são muitos os madeirenses que para ali se deslocam e passam longas temporadas, alternando umas idas à praia e horas de convívio nos bares que proliferam na freguesia com algum descanso nas varandas viradas para o oceano.
José Carlos afirma mesmo que o Paúl do Mar é o “Porto Santo” da Madeira. «Temos uma praia que embora não sendo de areia é bonita, temos bares agradáveis, temos um bom clima, uma calmaria e uma população muito hospitaleira», refere este natural do Paúl do Mar que aponta ainda a existência de uma unidade hoteleira que «está sempre a receber famílias aos fins-de-semana».
«Já ouvi pessoas darem o nome de “Costa do Sol” ao Paúl do Mar e na verdade, até tem lógica, porque aqui, está quase sempre bom tempo». E no Verão, «se vierem aqui e se deslocarem até a zona da Ribeira das Galinhas, vão verificar que aquilo está cheio de pessoas e quase todas vindas de outras localidades. Aliás, a nossa população é muito pequena. Temos pouco mais de 800 habitantes».
O dia daqueles que visitam o Paúl resume-se mais ou menos assim. «A manhã é aproveitada para praia, a tarde para almoçaradas prolongadas e a noite para uma ida a um ou tro bar que se prolonga pela madrugada», explica José Carlos.
A somar a todas estas qualidades que a freguesia apresenta, José Carlos aponta algumas actividades como «o surf e o parapente» que trazem ainda «mais praticantes».
Ou seja, no entender deste paulense, a freguesia que o viu nascer tem tudo e mais alguma coisa para que as pessoas se sintam bem.
A propósito, recorda o Natal, época que também é muito animada, quer pelos residentes, quer por aqueles que visitam o Paúl do Mar, participando nas romarias.
Já quando questionado sobre se o Paúl dispõe das infra-estruturas necessárias para os residentes, José Carlos afirma que sim, estando apenas a faltar uma farmácia, se bem que a mais próxima (no Estreito da Calheta), «não se encontra assim tão longe».
É que «quase toda a gente tem carro e dá lá um saltinho», desvaloriza. No entanto, «se alguém investisse aqui com a criação de uma farmácia seria muito por causa das pessoas mais idosas», admite.
Quanto ao resto como centro de saúde, banco, multibanco, espaços desportivos e zonas de lazer, «acho que estamos bem apetrechados». É claro, prossegue, «que queremos sempre mais mas acharia injusto se se dissesse que estamos mal».

Actividades naúticas têm de vingar numa zona onde o mar é “Rei”
Helder Vinagre diz que estando virada para o mar, é natural que a freguesia do Paúl tenha como atracções, todas as actividades náuticas como sejam exemplo o surf, o windsurf, a canoagem e até passeios turísticos em embarcações próprias para o efeito.
E a freguesia, segundo diz, tem estado atenta a essa necessidade e já tem feito muita coisa no sentido de crescer nessa área.
Ainda assim, não é só ao nível do mar que a freguesia consegue vingar, conforme faz questão de sublinhar.
Com uma marginal extensa, o Paúl do Mar dispõe de boas condições para percursos a pé, o que leva muitos visitantes a estacionarem a sua viatura e desfrutarem dessa «magnífica paisagem» que a freguesia dispõe junto à beira mar.
Este interlocutor, que é presidente da direcção da escola local, não tem dificuldades em enunciar uma vasta lista de actividades que podem ser feitas na freguesia, o que a torna «deveras atractiva».
Helder Vinagre considera, por isso, que é preciso apostar, cada vez mais, em iniciativas viradas para o mar que divulguem a localidade, actividades essas que devem ser desenvolvidas em parceria com entidades locais e com a Câmara Municipal.
As provas de automobilismo também são uma boa aposta, como aponta Helder Vinagre, o qual considera que há acontecimentos esporádicos, feitos de uma forma livre, que têm de se tornar num cartaz local.
Helder Vinagre diz ser aceitável que os residentes queiram sempre mais para o Paúl do Mar, embora as infra-estruturas básicas existam e sejam «satisfatórias».
Para os que visitam a localidade, o nosso interlocutor sugere que sejam feitos pequenos melhoramentos em obras que venham atrair ainda mais as pessoas.
Em termos de clima, «somos das freguesias com um tempo mais quente. Temos o mar que nos permite várias actividades e somos uma zona pacata e alegre, onde as pessoas gostam de interagir com quem visita», adianta ainda Helder Vinagre em declarações ao nosso jornal.
Também Helder Vinagre, e a exemplo de outros interlocutores, não trocava o Paúl do Mar por outra freguesia.
«Enaltecendo o seu lado bairrista, este docente afirma que «a minha freguesia é daquelas que transmite paz e nos dá muito calor».

Jovens estão bem junto ao mar
Paulo Garcês, natural do Monte, onde foi nascer, mas residente no Paúl do Mar, onde vive desde pequeno, promovia a sua freguesia destacando o bom clima e diversas actividades, sobretudo desportivas, que atraem muita gente.
Este senhor fala do surf, do bodyboard, do parapente e de uma série de iniciativas que podemos desenvolver muito bem.
Neste momento, e conforme acrescenta, começam já a ser dados os primeiros passos, coma realização de diversas acções que têm cativado pessoas dos diversos escalões etários. «Estão a realizar muitas iniciativas que chamam a juventude da freguesia e não só».


«O nosso povo é alegre»
António Garcês diz que a maior qualidade do povo do Paúl do Mar é que «é alegre e muito hospitaleiro». O que faz com que «aqueles que nos visitam, se sintam bastante bem».
Para além disso, este senhor que esteve emigrado durante «muitos e muitos anos nos Estados Unidos da América», considera que a sua freguesia oferece um bom clima, uma praia fantástica e muitas actividades de diversão que ocupam «novos e velhos».
Conhecido pelo “cantor”, António Garcês diz que gosta imenso de viver na freguesia do Paúl do Mar e garante que não trocava aquele sítio por outro qualquer.

«De quase 4 mil residentes, passámos para 871»
O Paúl do Mar dispunha de uma fábrica de conservas, alambique, salinas e muitas outras coisas mais que proporcionavam à freguesia várias oportunidades de trabalho. Tudo isto, conforme diz o presidente da junta, na década de 40. Entretanto, as pessoas foram emigrando em busca de uma vida melhor e das 3.684 pessoas que viviam na altura passou-se, segundo os últimos censos, para 871 residentes.
A indústria da pesca, à qual se dedica muita da população do Paúl do Mar, é das melhores do Mundo, refere o presidente da junta, que lamenta que muitos tenham que emigrar e não podem dedicar-se a esta actividade na sua terra.

Pôr-do-sol é tão lindo e chama namorados
O representante da junta da Madalena do Mar não tem dúvidas de que o clima é a mais-valia daquela freguesia. «Somos das freguesias mais quentes da ilha. Dos 365 dias do ano, em mais de 200, dá sol», refere José da Silva Gonçalves, que destaca a existência de praias que levam à freguesia muitos funchalenses e estrangeiros.
«O hotel dos Prazeres recebe, quase todos os fins-de-semana, pessoas novas. Eles andam a calcorrear isto de um lado para outro», sublinha o representante do órgão de poder local. O que os visitantes destacam é o facto de se poder ver um pôr-de-sol fantástico, «muito bom para os namorados».
Quanto às infra-estruturas necessárias a um bom serviço à população, o presidente da junta não hesita:«são boas e, no meu entender, os serviços estão bem assegurados».

Fonte: Jornal da Madeira / Carla Ribeiro

1 comentário:

Rúben G.T. disse...

Frequentemente se vêem reportagens ou histórias de locais como o Paul e Madalena e ficamos com a nítida sensação que algo falta, e falta porque a população cada vez é menor nestes sítios e que os que os procuram sempre ficam pouco tempo.. então como aumentar a visibilidade e notoriedade destes locais, de forma a, não só atrair mais pessoas, como a cativá-las a ficar mais tempo e regressar mais vezes? Sobre esta temática coloquei uma entrada no meu blog www.paragliding-in-madeira.com
Parabéns pelo blog Paulo!
Abraço