São passados 3 anos sobre a "Festa dos Capitães", no Paul do Mar. Pelo significado que essa festividade representou, como também a estátua de homenagem "O Homem do Mar", este blog lembra e efeméride publicando o texto explicativo do verdadeiro sentido desta homenagem a todos os pescadores.
Memória de “O Homem do Mar”
Evoca-se o preciso momento em que de face para o grande oceano, num instante, perpassam na mente do marinheiro os grandes momentos da sua vida e dos seus: espécie de filme instantâneo onde se entrecruzam todos os momentos marcados pela vida ou pela morte, pela alegria ou pela dor. Por isso, a pose é de desafio firme, e ao mesmo tempo, de respeito contido.
Apresenta-se nu , sem as roupagem da época, porque o Homem do Mar, assim como o grande oceano pertence e todos os tempos. Funde-se como o passado imemorial e com o tempo que há-de vir. Na sua carne apresenta as marcas do Tempo sem tempo, onde espírito e matéria sinalizam a sua condição. Vai ao mar trazendo o mar consigo, numa luta permanente entre a vida e morte. E é neste sortilégio que radica a sua força.
A corda da vida serpenteia sempre tensa, trazendo nas suas voltas o dom do tempo, onde o prazer o sofrimento se entrançam. Como símbolo de tudo que prende à vida: a família, os amigos , a sua terra, não só de agora como de todos os tempos. E a mão no peito é sinal dessa paixão pelos seus e pelos os valores que o norteiam.
De pé, perante o mar e a vida, presenteando no azul do horizonte os segredos e os mistérios do sagrada e do temporal, naquele instante/eternidade de suprema liberdade que acontece sempre no momento doloroso da partida. No passado, no presente e no futuro – assim será.
Evoca-se o preciso momento em que de face para o grande oceano, num instante, perpassam na mente do marinheiro os grandes momentos da sua vida e dos seus: espécie de filme instantâneo onde se entrecruzam todos os momentos marcados pela vida ou pela morte, pela alegria ou pela dor. Por isso, a pose é de desafio firme, e ao mesmo tempo, de respeito contido.
Apresenta-se nu , sem as roupagem da época, porque o Homem do Mar, assim como o grande oceano pertence e todos os tempos. Funde-se como o passado imemorial e com o tempo que há-de vir. Na sua carne apresenta as marcas do Tempo sem tempo, onde espírito e matéria sinalizam a sua condição. Vai ao mar trazendo o mar consigo, numa luta permanente entre a vida e morte. E é neste sortilégio que radica a sua força.
A corda da vida serpenteia sempre tensa, trazendo nas suas voltas o dom do tempo, onde o prazer o sofrimento se entrançam. Como símbolo de tudo que prende à vida: a família, os amigos , a sua terra, não só de agora como de todos os tempos. E a mão no peito é sinal dessa paixão pelos seus e pelos os valores que o norteiam.
De pé, perante o mar e a vida, presenteando no azul do horizonte os segredos e os mistérios do sagrada e do temporal, naquele instante/eternidade de suprema liberdade que acontece sempre no momento doloroso da partida. No passado, no presente e no futuro – assim será.
Agosto de 2004
Os autores
Nuno Mendanha
Vânia Mendanha
António Mendanha
Os autores
Nuno Mendanha
Vânia Mendanha
António Mendanha
Mandaram fazer os Capitães:
Adolfo Pereira
Augusto Figueira
Augusto Rodrigues
Apolinário da Luz
Carlos Correia
Carlos Paiva
Cecílio Nunes
Fernando Gonçalves
Gabriel Drumond
Gabriel do Santos
Guilherme Correia
José Manuel da Silva
José Pedro Garcês
Justino Correia
Leandro Ferreira
Manuel Falante
Manuel da Luz
Martinho Silva
Miguel Correia
Nelo Gonçalves
Paixão da Silva
Pedro da Luz
Timóteo Silva
Victor dos Santos
Xavier Figueira
Adolfo Pereira
Augusto Figueira
Augusto Rodrigues
Apolinário da Luz
Carlos Correia
Carlos Paiva
Cecílio Nunes
Fernando Gonçalves
Gabriel Drumond
Gabriel do Santos
Guilherme Correia
José Manuel da Silva
José Pedro Garcês
Justino Correia
Leandro Ferreira
Manuel Falante
Manuel da Luz
Martinho Silva
Miguel Correia
Nelo Gonçalves
Paixão da Silva
Pedro da Luz
Timóteo Silva
Victor dos Santos
Xavier Figueira
10 comentários:
quem por ali passa e ve aquele homen nao pensa isso os pauleiros sabem o significado dessa estatua mas e uma estatua sem sentido so tem a corda que e um utensilio do mar e o resto
POR FAVOR RESPONDAM ME A ESTA PERGUNTA
Concordo que seja feita uma homenagem aos pescadores pauleiros. É de facto à pesca que devemos muito para o desenvolvimento da nossa terra. Quanto áquela estátua, também não vejo que exista "sentido" dizer que aquilo "simboliza" um pescador.
O texto que está lá escrito "explica" o signifcado" da estátua. Mas uma coisa eu posso dizer: qualquer "poeta" também escrevia aquilo aplicado ao agricultor. É de facto curioso ouvir as pessoas que nos visitam perguntarem qual o significado daquela estátua. Para concluir a corda também pode ser um elemento da agricultura. Discuto a "forma" da estátua, porque a homenagem é muito justa. Não queria alargar muito nisto porque de escultura também não percebo nada ..lol
OBRIGADO
Discordo totalmente meus amigos! Aquela escultura tem uma força invulgar, e de facto a resenha teórica está soberba. se quiserem ver mais obras dos autores procurem nos blogs: www.mendanha-arte.blogspot.com e também em mendanhas-esculturas.blogspot.com.
É uma Escultura muito profunda, carregada de um simbolismo muito superior!
Sou o José Silva do Funchal e visitei a escultura mais que uma duzia de vezes, podendo afirmar mais uma vez que é um trabalho de grande qualidade.
Os autores da obra são artistas de craveira Internacional e o conceito da escultura está muito profundo. Não está ao alcance de todos!
Grande escultura, maior homenagem!
Ana Bastos
Obra muito poderosa! Paulo Garcês, necessita de ver com outros olhos o trabalho apresentado. A Arte é polissémica, nunca objectiva primariamente...
A peça é bem conseguida. A postura de enfrentamento ao mar e à vida está excelentemente interpretada. A rudeza expressa pelo tratamento textural a par da horizontalidade do olhar representam sentimentos muito próprios destas criaturas neptunianas...advinham-se-lhe as sereias, nereidas ou mesmo os tritões..gostei do que vi!
victor rosa
sculp
Enviar um comentário